Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 – Vida na água

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Conservar e garantir o uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos é o décimo quarto Objetivo da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável

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Foi nos oceanos que surgiu a primeira vida na Terra e, desde então, não paramos um minuto de depender dos seus recursos. Chuvas, água potável, clima, corais, alimentos e inclusive o oxigênio: tudo é fornecido ou regulado pelo grande ecossistema marinho.

Com os alarmantes avanços do aquecimento global, os oceanos tornaram-se os principais alvos das mudanças climáticas e passaram a sentir de perto seus impactos ambientais. Este ano alcançamos a maior temperatura já registrada nos oceanos, que está 0,075°C acima da média do contabilizado entre 1981 a 2010. O aumento, que pode parecer pequeno, corresponde na realidade à energia liberada por 3,6 bilhões de bombas de Hiroshima.

O motivo para esse aumento? A ação humana. Segundo cientistas, 90% de todo o calor gerado pelos gases de efeito estufa desde 1970 foi parar no oceano, enquanto apenas 4% no mesmo período foi para a atmosfera. O aquecimento global, nosso maior desafio ambiental hoje, foi justamente incluído na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU devido à sua gravidade: ficou estabelecido como o ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima, que tem como missão “tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos“.

Nem por isso a questão dos oceanos ficou de fora. Estabelecido como a meta seguinte, o ODS 14- Vida na água tem como objetivo “conservar e garantir o uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos“, assim dando a devida importância à preservação a esse ecossistema. O objetivo abrange uma série de questões inerentes à vida nas águas, como biodiversidade marinha, acidificação do oceano, derramamentos, descarga de água para os oceanos e saúde das zonas costeiras.

Os dois últimos exemplos deixam ainda mais claro o porquê de falar das cidades quando abordamos a vida marinha. Afinal, a poluição que hoje atinge os oceanos deve fazer com que, até 2050, haja mais plástico do que peixes nas águas marinhas em 2050. A origem de tanto lixo é sabida: ainda que não sejam litorâneas, são as cidades – e a forma incorreta como despejam seus resíduos – que deterioram recursos hídricos como os rios, e que têm como destino final os mares.

É dever dos municípios, portanto, garantir um saneamento básico adequado, evitando que redes de esgoto e resíduos industriais sejam despejados erroneamente. O mesmo vale para o descarte de resíduos sólidos, programas de reciclagem, atendimento à água potável e, claro, programas de conscientização. Como o nível de governo mais próximo da população, as cidades precisam transformar a forma como sua população utiliza e consome os recursos naturais, incluindo os hídricos – tema que também é abordado no ODS 12 –Consumo e produção responsáveis.

Na Bright Cities, falar desses assuntos sempre foi um pilar fundamental para construir cidades melhores. Não por acaso, entre as dez áreas urbanas analisadas por nossa plataforma, incluímos o meio ambiente para reforçar a importância de políticas sustentáveis para a gestão urbana. Como especialista em Cidades Inteligentes, sabemos que cuidar dos nossos recursos hídricos e do meio ambiente é preservar a saúde, a economia e a segurança de uma cidade. Uma smart city sempre prioriza políticas socioambientais para garantir a qualidade de vida da sua população.

Mas como os danos aos mares podem afetar as cidades? Primeiro podemos citar a poluição, que impacta diretamente a vida marinha e toda sua cadeia produtiva. Como diz a própria ONU, os oceanos absorvem cerca de 30% de dióxido de carbono antropogênico emitido, e por isso estão se tornando mais ácidos e arriscando a vida de milhões de seres vivos. Em cidades costeiras, onde a pesca faz parte da dieta dos moradores e é uma das principais atividades econômicas, a morte de milhões de seres vivos pode impactar diretamente a renda, a economia e a riqueza de uma cidade, indo totalmente contra as metas estabelecidas pelo ODS 2 – Fome Zero e pelo ODS 8 – Trabalho decente e desenvolvimento econômico.

Vale também falar sobre os riscos dessa poluição para o próprio ser humano. São muitas as doenças e infecções parasitárias ocasionadas por contaminações na água, o que também impede que cidades e países atinjam as metas estabelecidas pelo ODS 6 – Água Potável e Saneamento e pelo ODS 3 – Saúde e Bem-Estar.

Para cidades costeiras, falar dos oceanos é ainda mais urgente já que afeta a própria existência desses municípios, que podem sumir do mapa caso o aquecimento global siga acontecendo: alguns dos dados informados pela ONU afirmam que o nível do mar subiu cerca de 20 cm desde 1880 e deve aumentar outros 30-122 cm até 2100.

Como então podemos frear esse cenário? Seja por meio de medidas de proteção ambiental ou de uma gestão sustentável dos recursos, cabem às cidades preservar suas redes hídricas – como mares, no caso de municípios litorâneos, ou rios, que afetam diretamente a qualidade da água salgada. Sabendo disso, a Bright Cities oferece com a sua plataforma uma maneira fácil e rápida para que gestores públicos possam diagnosticar a eficiência de seus serviços e encontrar as melhores soluções para resolvê-los.

Nossa plataforma contribui para alavancar o processo de construção da Cidade Inteligente a partir de uma tecnologia disruptiva, que realiza um diagnóstico completo do município a partir de 160 indicadores internacionais, 21 deles relacionados ao meio ambiente. Listamos abaixo alguns deles e contamos porque eles são uma importante ferramenta para identificar, avaliar e guiar cidades em direção ao ODS 14- Vida na água:

  • Indicador “Porcentagem de resíduos sólidos da cidade reciclados”: os dados coletados pelo indicador revelam a capacidade do município de manipular e tratar adequadamente seu lixo para evitar danos ao ecossistema, como o eventual despejo nos oceanos. Assim, gestores conseguem criar políticas mais precisas para alcançar a meta 14.1 do ODS 14: “Até 2025, prevenir e reduzir significativamente a poluição marinha de todos os tipos, especialmente a advinda de atividades terrestres, incluindo detritos marinhos e a poluição por nutrientes“;
  • Indicadores “Porcentagem de moradias com acesso a um sistema de esgoto” e “Porcentagem de esgoto que não recebe tratamento”: os indicadores apontam a proporção de famílias em determinada cidade com acesso ou não aos serviços de saneamento. Com esses dados, municípios conseguem avaliar com maior precisão se seus moradores estão despejando em mares seus resíduos, impedindo que a cidade atinja a meta 14.1 do ODS 14: “Até 2025, prevenir e reduzir significativamente a poluição marinha de todos os tipos, especialmente a advinda de atividades terrestres, incluindo detritos marinhos e a poluição por nutrientes“;
  • Indicador “Percentual total de energia derivada de fontes renováveis”: sabemos que o aquecimento global está diretamente associado à saúde dos oceanos. Por isso, evitar a queima de combustíveis fósseis e apostar em energias mais limpas é necessário para atingir a meta 14.3 do ODS 14: “Minimizar e enfrentar os impactos da acidificação dos oceanos, inclusive por meio do reforço da cooperação científica em todos os níveis“.
A Bright Cities realiza o diagnóstico de cidades a partir de indicadores em dez áreas urbanas, incluindo o meio ambiente

A partir desses indicadores, a cidade e seus gestores conseguem identificar quais áreas urbanas apresentam problemas, mapear as populações que ainda carecem de serviços públicos, dimensionar os investimentos necessários para gerar mudanças e, em alguns casos, até mesmo identificar quais dados ainda faltam ser levantados para uma análise profunda do município.

É a partir desse diagnóstico, realizado pela plataforma Bright Cities, que uma cidade pode dar início à próxima etapa para tornar-se inteligente: apostar na tecnologia e inovação. Para isso, realizamos para cada município atendido um roadmap completo e exclusivo com sugestões de soluções inteligentes para melhorar os problemas urbanos. As escolhas, que levam em consideração os custos, cronogramas e escala das iniciativas sugeridas, é feita em nosso database de soluções inteligentes e boas práticas do mundo, que já inclui mais de 1.000 soluções inteligentes para smart cities – ele é hoje o maior do mundo. Só na área de meio ambiente, são mais de 150 soluções disponíveis para consulta.

Uma das soluções incluídas em nosso banco de dados e que alcança impactos positivos para os recursos hídricos de uma cidade é o ACLIMA, plataforma que fornece informações sobre a poluição do ar e inteligência de emissões climáticas. Com a ferramenta, governos, empresas, pesquisadores e o público podem ver e rastrear pontos de poluição e impactos ao longo do tempo – de congestionamentos de trânsito a incêndios florestais e despejos irregulares.

Para aqueles que preferem se precaver, outra solução interessante é o software de risco climático desenvolvido pela IDA. A solução fornece às seguradoras uma ferramenta automática para individualizar, monitorar e estimar os riscos climáticos para as regiões de interesse. Pode ser usado também por todos os atores da cadeia: cidadãos, administrações, agricultores, bancos, fornecedores de sementes e cooperativas.

Outra interessante iniciativa voltada para o meio ambiente e a preservação dos recursos marinhos é o Copernicus, Programa de Observação e Monitoramento da Terra da União Européia. Ele coleta dados ambientais de satélites e sensores em todo o planeta para fornecer as informações de maneira completa, livre e aberta, e tem contribuído para tornar a UE um ator mundial mais forte em termos do seu papel no desenvolvimento econômico, na economia digital e na segurança.

Soluções como essas passam a ser cada dia mais procuradas para reverter os danos preocupantes que temos causado no planeta, em especial nos mares. Prova disso é que não só os oceanos estão ficando mais quentes, como também o ritmo desse aquecimento está cada dia maior. Segundo o mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, enquanto o nível do mar subiu cerca de 15 cm durante o século 20, atualmente ele sobe duas vezes mais rápido – cerca de 3,6 mm por ano.

Alguns outros dados mencionados pela ONU e por relatórios recentes publicados pela organização apenas reafirmam que a vida nas águas está em grande perigo. Entre eles podemos destacar:

  • Mundialmente, o valor de mercado dos recursos marinhos e costeiros e das indústrias é de 3 trilhões de dólares por ano ou cerca de 5% do PIB (produto interno bruto) global;
  • A pesca marinha direta ou indiretamente emprega mais de 200 milhões de pessoas. Porém, os níveis de captura de peixes estão próximos da capacidade de produção dos oceanos, com 80 milhões de toneladas de peixes sendo pescados;
  • 40% dos oceanos do mundo são altamente afetados pelas atividades humanas, incluindo poluição, diminuição de pesca e perda de habitats costeiros;
  • O oceano absorveu mais de 90% do excesso de calor do sistema climático;
  • As águas costeiras estão se deteriorando devido à poluição e eutrofização. Sem esforços concertados, espera-se que a eutrofização costeira aumente em 20% nos grandes ecossistemas marinhos até 2050;
  • Cerca de 680 milhões de pessoas vivem em zonas costeiras baixas – espera-se que aumente para um bilhão até 2050;
Fonte: ONU

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O gerenciamento cuidadoso desse recurso global é essencial para garantir um futuro ao planeta – e às nossas cidades. Com o contexto do coronavírus, a ONU tem alertado países de todo o mundo para não reduzirem a atenção dada ao ODS. Pelo contrário, segundo a UNESCO divulga, o oceano pode ser um aliado contra o COVID-19: as bactérias encontradas nas profundezas das águas marinhas são utilizadas para realizar testes rápidos para detectar a presença do COVID-19. Além disso, a diversidade de espécies encontradas no oceano oferece uma grande promessa para os produtos farmacêuticos.

No cenário brasileiro, a importância dos recursos marinhos é indiscutível. O país conta com uma costa de 10,8 mil km de extensão, onde estão localizados 395 municípios e 17 estados. É nela onde vive quase um quarto da população, em um ecossistema único com 3 mil quilômetros de recifes de corais e 12% dos manguezais do mundo. Ainda segundo dados de 2010, coletados pelo extinto Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), 1 milhão e 240 mil toneladas de pescado eram recolhidos por ano, sendo que cerca de 45% dessa produção vinha da pesca artesanal.

O poder que nossas cidades têm em mãos para garantir a segurança e a preservação desse rico ecossistema é enorme, e o que não faltam são ações que podemos adotar para alcançar o ODS 14. Em uma Cidade Inteligente, políticas sustentáveis são prioritárias na gestão urbana, e incluem medidas como:

1. Contribuir para o desenvolvimento de tecnologias de gestão de resíduos e distribuição de esgoto que minimizem danos aos recursos hídricos;
2. Proibir práticas que coloquem espécies e recursos marinhos em maior risco de danos, exploração ou esgotamento;
3. Rastrear o ciclo de vida de produtos e materiais para entender como eles são descartados e quais produtos provavelmente podem entrar em ambientes marinhos;
4. Substituir, limitar ou proibir o uso de certos produtos químicos, aditivos ou materiais que podem atingir os ecossistemas marinhos;

A Bright Cities acredita que qualquer cidade pode se tornar uma smart city e adotar políticas ecologicamente responsáveis como as listadas acima. Independente da escala ou da urgência do problema, nossa plataforma conta com a solução ideal para ajudar municípios a enfrentar seus desafios urbanos.

Trabalhando sempre em parceria com prefeitos e órgãos públicos, temos incentivado ações concretas em direção às metas dos ODS e intensificado a coleta e uso de dados para a tomada de decisões. Para conhecer mais nosso trabalho, confira o conteúdo especial que preparamos apresentando a plataforma. Já por aqui, na nossa Plataforma de Notícias, você pode conferir o conteúdo especial sobre os ODS, onde abordamos os 17 Objetivos e contamos quais soluções inteligentes existem para eles!

Caso queira saber mais sobre Cidades Inteligentes e como sua cidade pode se tornar uma, faça o download gratuito do nosso e-book “Como transformar sua cidade em uma Cidade Inteligente. A Bright Cities é uma plataforma disruptiva para diagnosticar o roteiro de sua cidade para que ela se torne mais inteligente todos os dias. Upgrade your city!

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