Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 – Água Potável e Saneamento

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp

Assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento é o sexto objetivo da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável

Mesmo sendo indispensável à vida, o acesso à água potável ainda não é um direito garantido para todos. Soma-se ainda a carência por serviços de saneamento básico como esgoto, limpeza urbana, manejo de resíduos e drenagem das águas pluviais urbanas, questões hoje enfrentadas majoritariamente por populações de países em desenvolvimento e/ou moradores de áreas urbanas irregulares.

O desafio que temos em nossas mãos é grande: dados divulgados pela ONU sugerem que, se quisermos atender todo o planeta até 2030, devemos dobrar nossos esforços já. Isso significa que, na prática, temos dez anos para alcançar o sexto dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o ODS 6 – Água potável e saneamento. Com a missão de “disponibilizar e gerir de forma sustentável a água e serviços de saneamento para todos”, o objetivo está incluído na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, um plano de ação global desenvolvido pela ONU para garantir o bem-estar das pessoas, das cidades e do planeta até a próxima década.

Mas como, afinal, podemos cumprir esse objetivo? Para transformar esse cenário, é dever dos governos municipais melhorar a qualidade da água e do saneamento básico de sua população, seja por meio de medidas de proteção ambiental ou por uma gestão sustentável de seus recursos. Sabendo disso, a Bright Cities oferece com a sua plataforma uma maneira fácil e rápida para que gestores públicos possam diagnosticar a eficiência de seus serviços e encontrar as melhores soluções para resolvê-los.

Com a nossa metodologia inovadora e exclusiva, utilizamos 160 indicadores internacionais para avaliar o desempenho municipal em dez áreas prioritárias – como saúde, meio ambiente, economia e segurança pública, questões relacionadas ao ODS 6. Isso porque a falta de água potável e saneamento afeta diretamente a saúde da população, com a disseminação de doenças parasitárias e zoonoses; o meio ambiente, dada a contaminação de rios, solo, mares e sistemas fluviais; a segurança pública, já que enchentes são grandes causas de desastres naturais; a economia, pois grande parte da água é utilizada para irrigação; e taxas municipais como pobreza, nutrição e bem-estar social.

Listamos abaixo alguns dos indicadores utilizados por nossa plataforma que estão diretamente alinhados com o ODS 6 – Água potável e saneamento, e contamos porque a nossa tecnologia é uma importante ferramenta para que gestores possam identificar, avaliar e melhorar a tomada de decisões públicas:

  • Indicadores “Consumo total de água doméstica per capita” e “Consumo total de água per capita”: apontando o gasto médio de água pela população e pela cidade, os indicadores revelam se o recurso está sendo adequadamente consumido, de acordo com a meta 6.4 do ODS 6: “até 2030, aumentar substancialmente a eficiência do uso da água em todos os setores e assegurar retiradas sustentáveis e o abastecimento de água doce para enfrentar a escassez de água, e reduzir substancialmente o número de pessoas que sofrem com a escassez de água“;
  • Indicadores “Média anual de horas de interrupção do serviço de água” e “Porcentagem de perda de água”: os dados coletados pelos indicadores reúnem informações fundamentais para que gestores avaliem a qualidade de seus serviços sanitários e se a sua população está sendo adequadamente servida, como estipulado pela meta 6.1 do ODS 6: “até 2030, alcançar o acesso universal e equitativo à água potável, segura e acessível para todos”; e pela meta 6.5 do ODS 6: “até 2030, implementar a gestão integrada dos recursos hídricos em todos os níveis, inclusive via cooperação transfronteiriça, conforme apropriado“;
  • Indicadores “Porcentagem de resíduos sólidos da cidade reciclados” e “Porcentagem de resíduos sólidos descartados em aterros sanitários”: os dados coletados pelos indicadores revelam a capacidade do município de manipular e tratar adequadamente seu lixo para evitar danos ao ecossistema, de acordo com o exigido pela meta 6.6 do ODS 6: “até 2030, proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água, incluindo montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos e lagos“;
  • Indicadores “Porcentagem de moradias com acesso a um sistema de esgoto” e “Porcentagem de esgoto que não recebe tratamento”: os indicadores apontam a proporção de famílias em determinada cidade com acesso a serviços de saneamento. Com esses dados, municípios conseguem avaliar com maior precisão a urgência para atingirem a meta 6.3 do ODS 6: “até 2030, melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando despejo e minimizando a liberação de produtos químicos e materiais perigosos, reduzindo à metade a proporção de águas residuais não tratadas, e aumentando substancialmente a reciclagem e reutilização segura globalmente

A partir da coleta, análise e comparação dos dados obtidos com os indicadores, nosso diagnóstico identifica os principais desafios e cria, para cada cidade, um roteiro personalizado de desenvolvimento passo a passo. Nele apontamos uma série de soluções inteligentes para solucionar os problemas urbanos, com respectivos custos, prazos e indicações de fornecedores – nossa plataforma conta com um database de mais de 1000 soluções inteligentes para smart cities, o maior do mundo! 

Ao analisarmos soluções já realizadas e com impactos bem sucedidos em outras cidades, as iniciativas cadastradas em nossa plataforma oferecem ações concretas para enfrentar muitos dos desafios urbanos ligados ao saneamento público, como é o caso da gestão de águas pluviais. Afinal, em períodos de chuvas e alagamentos, a drenagem urbana é fundamental para evitar acidentes e garantir o bem-estar da população.

Um dos indicadores que utilizamos é a “Taxa de cobertura de vias públicas com rede ou canais fluviais subterrâneas na área urbana”. Cidades que se destacam nesse indicador são Porto Alegre/RS (95,4%) e Curitiba/PR (99,9%), servindo de importantes referências para outros municípios brasileiros. Ao traçar comparativos não só do Brasil, mas também do mundo todo, conseguimos apresentar casos de benchmarking e soluções que já se mostraram possíveis em outras localidades. Atualmente, nossa base de dados engloba Brasil, Estados Unidos e outras 70 municipalidades ao redor do mundo.

Porto Alegre é uma de três cidades brasileiras a cobrar taxas de contribuição para custear o manejo e drenagem das águas pluviais urbanas, contando também com um Plano Diretor de Drenagem Urbana. Para cidades onde não é possível adotar tais medidas, nossa plataforma conta com soluções alternativas e inteligentes para enfrentar o problema. É o caso do Bueiro Inteligente, já adotado por São Paulo. A partir de sensores instalados nos bueiros de vias, a tecnologia permite agir preventivamente na limpeza das valas antes das chuvas, evitando transbordamentos. O sinal emitido pelo sensor indica quando o bueiro atinge 70% de sua capacidade, e promete reduzir em até 51% os custos operacionais de limpeza para a cidade. Além disso, os bueiros possuem um larvicida biológico homologado pela Anvisa, que reduz substancialmente a proliferação do Aedes Aegypti.

Outra solução inteligente incluída em nosso database é o Treeparker, voltado para o plantio urbano de árvores. A iniciativa propõe criar um ambiente perfeito para o crescimento de vegetações a partir de um sistema de contenção de solo que maximiza o espaço disponível de drenagem. Com a expansão ilimitada para o crescimento das árvores e suas raízes, a tecnologia permite o escoamento da água da chuva na fonte, em vez de deixá-lo correr nos esgotos.

Apesar de já termos progredido bastante nas últimas décadas, números apontados pela ONU afirmam que soluções inteligentes como essas podem e devem cada vez mais ser utilizadas por municípios. No mundo, a proporção de pessoas com acesso à água potável gerenciada subiu de 61% para 71% entre 2000 e 2015, mas não apresentou nenhuma melhora significativa a partir de 2017. Em números, isso mostra que 785 milhões de pessoas ainda careciam de um serviço básico de água potável há três anos atrás. No que se refere ao saneamento, os índices são ainda mais preocupantes: apenas 45% da população utilizava banheiros ou latrinas em 2017, indicando que 701 milhões de pessoas ainda viviam sem infraestruturas para atender suas necessidades básicas.

Vale também lembrar que crianças são as principais vítimas da falta de saneamento e água potável. A ONU afirma que, todos os dias, uma média de cinco mil crianças morre devido à doenças ocasionadas pela carência destes diretos básicos. Famílias pobres são as mais afetadas, ainda mais quando consideramos que a seca agrava a fome e a desnutrição. Com as previsões climáticas, líderes globais já tem se preparado para testemunhar o aumento do problema: atualmente, mais de 2 bilhões de pessoas vivem com acesso reduzido a recursos de água doce e, até 2050, pelo menos uma em cada quatro pessoas provavelmente viverá em um país afetado por escassez crônica ou recorrente de água doce.

De acordo com o mais recente estudo divulgado pela ONU, ainda temos um longo caminho pela frente. Com efeitos transversais à toda Agenda 2030, incluindo questões de gênero, educação e saúde, a escassez de água, sua má qualidade e o saneamento inadequado impactam negativamente o mundo:

  • 1 em cada 4 unidades de saúde carece de serviços básicos de água no mundo;
  • Mulheres e meninas são responsáveis ​​pela coleta de água em 80% das famílias sem acesso à água nas instalações;
  • Aproximadamente 70% de toda a água disponível é usada para irrigação;
  • Enchentes são a causa de 15% de todas as mortes relacionadas a desastres naturais;
  • Em 2017, cerca de 40% das pessoas em todo o mundo não contavam com uma instalação básica de lavagem das mãos com água e sabão em casa, o equivalente a 3 bilhões de pessoas;
  • Em 2016, um terço de todas as escolas primárias carecia de serviços básicos de água potável, saneamento e higiene, afetando a educação de milhões de crianças em idade escolar;
  • 80% dos países do mundo contam com uma média ou boa gestão integrada dos recursos hídricos;
Fonte: ONU

No contexto brasileiros, dados revelados pelo IBGE mostram que 40% das casas não contavam com tratamento de esgoto em 2018, o que levou o país e o BNDES a impulsionarem o setor permitindo que empresas privadas participassem das licitações para oferecer o serviço. A coleta de lixo foi outro fator considerado na pesquisa, atestando que 91% dos domicílios tinham acesso a algum tipo de coleta de lixo, enquanto outros 8,9% queimavam os resíduos na propriedade ou lhe davam outro destino. Em números, isso significa que um total de de 20,1 milhões de brasileiros não tiveram acesso a nenhum tipo de coleta de lixo em 2018, sendo 10,5 milhões no Nordeste e 3,8 milhões no Norte.

Para as Nações Unidas, superar estes dados envolve entender as necessidades específicas de cada país. Em zonas urbanas, a principal dificuldade diz respeito aos assentamentos irregulares, onde falta acesso à infraestruturas e serviços adequados. Custos altos com as obras, falta de capacitação técnica para os projetos urbanos e a ausência de fiscalização são outros empecilhos a serem enfrentados. Para enfrentar, por exemplo, a perda de água, cidades como Campinas/SP adotaram sensores de pressão hídrica instalados na rede municipal de encanamento – uma solução inteligente para identificar fontes de vazamento. Já nas zonas rurais, onde a água pode até mesmo ser gratuita, questões como poluição, seca e distância de pontos de coleta, levando os usuários a vencer longos trajetos até a fonte, são dificuldades ainda frequentes.

Independente, porém, da escala ou da urgência do problema, a Bright Cities tem a solução ideal para ajudar cidades a enfrentar os desafios urbanos. Trabalhando sempre em parceria com prefeitos e órgãos públicos, temos incentivado ações concretas em direção às metas dos ODS e intensificado a coleta e uso de dados para a tomada de decisões. Para conhecer mais nosso trabalho, confira o conteúdo especial que preparamos apresentando a plataforma. Já por aqui, na nossa Plataforma de Notícias, você pode conferir o conteúdo especial sobre os ODS, onde abordamos os 17 Objetivos e contamos quais soluções inteligentes existem para eles!

Receba uma demonstração

Entre em contato para saber mais detalhes de nossa metodologia processos de diagnósticos e planos de acesso.​

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp

RELATED CONTENT

Bright Cities na Árabia Saudita

Riade, capital e principal centro financeiro da Árabia Saudita utiliza a plataforma Bright Cities para diagnosticar a cidade e encontrar soluções relacionadas ao meio ambiente