Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12 – Consumo e produção responsáveis

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Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis é o décimo segundo objetivo da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável

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Consumir nossos recursos naturais de maneira equilibrada soa como uma meta impossível no contexto atual. Basta pensarmos no Dia da Sobrecarga, que revela todos os anos a data exata no calendário em que passamos a utilizar mais do que o planeta pode nos fornecer. Há dez anos, ele foi em 18 de agosto; vinte anos atrás, em 29 de setembro. Em 2019 atingimos a preocupante marca ainda em 29 de julho, batendo um recorde histórico.

O fato só reforça o que cientistas e ambientalistas afirmam há décadas: precisamos aprender como progredir e melhorar a qualidade de vida das cidades sem destruir o planeta. E o problema vai muito além da futura escassez de recursos: com o consumo exacerbado, o desperdício aumenta o volume de lixo e o consequente descarte e poluição agravam ainda mais o problema.

De acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, poderá haver mais plástico do que peixes nos oceanos até 2050. Segundo a ONU, até 8 milhões de toneladas do material entram no mar todos os anos. Vale ainda ressaltar que o produto é produzido a partir de outros grandes poluentes, os combustíveis fósseis: cerca de 6% do consumo desses bens não renováveis é destinado atualmente à fabricação de plástico, e este índice pode chegar a 20% até 2050, segundo a Agência Internacional de Energia

Esses são apenas alguns dos alarmantes dados que fizeram o consumo consciente e a economia sustentável tornaram-se tópicos quase obrigatórios na agenda de muitos países do mundo. Chamando a devida atenção para o problema, a ONU fez sua parte e abordou a questão nos 17 objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, um plano de ação global desenvolvido para garantir o bem-estar das pessoas, das cidades e do planeta.

Ocupando a décima segunda posição dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, o ODS 12Consumo e produção responsáveis busca justamente promover mudanças na forma como nos relacionamos com o planeta, defendendo o uso eficiente e responsável dos recursos naturais que dispomos. Com a missão de “assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis”, suas metas incluem reduzir pela metade o desperdício de alimentos per capita mundial; alcançar o manejo ambientalmente saudável de produtos químicos; reduzir a geração de resíduos; entre outros.

Alcançar um consumo mais consciente exige esforço por parte da população, é claro, mas é também papel das cidades e de seus respectivos governos fazer com que o ODS seja alcançado. Se tratando de municípios, é dever das prefeituras criar acordos e leis rígidas para controlar as emissões de poluentes por parte do setor produtivo, elaborar planos para a coleta e destinação adequada de rejeitos, criar programas sociais para a conscientização das pessoas e promover inovação industrial e o desenvolvimento de tecnologias mais limpas.

Expert em smart cities, a Bright Cities sabe da importância que o meio ambiente tem para a construção de cidades mais sustentáveis, resilientes e, claro, inteligentes. Em uma smart city, a medição do consumo é feita e controlada rigidamente, assim como os dados referentes a espaços verdes, qualidade do ar e tratamento de resíduos sólidos – sempre monitorados para garantir um melhor atendimento à toda sua população.

Além disso, uma smart city sabe que consumo e produção sustentáveis ​​têm a ver com fazer mais e melhor com menos. Por isso, suas políticas urbanas buscam dissociar o crescimento econômico da degradação ambiental, aumentando a eficiência dos serviços públicos e promovendo estilos de vida sustentáveis.

Quando nossa plataforma online realiza o diagnóstico de uma cidade, uma das dez áreas urbanas analisadas é o meio ambiente. A partir de 160 indicadores internacionais, avaliamos se os recursos naturais estão sendo devidamente utilizados e preservados, e se há quaisquer tipos de danos aos ecossistemas locais. Abaixo, listamos alguns dos indicadores diretamente relacionados com o ODS 12Consumo e produção responsáveis:

  • Indicador “Consumo de energia elétrica anual em edifícios públicos”: com os dados obtidos, o gestor municipal pode avaliar o consumo público em energia e propor mudanças mais sustentáveis, como citado na meta 12.2 do ODS 12: “Até 2030, alcançar a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais“;
  • Indicador “Consumo doméstico de água per capita”: os dados obtidos com o indicador revelam se há ou não o uso consciente dos recursos hídricos disponíveis na cidade, como dito na meta 12.2 do ODS 12: “Até 2030, alcançar a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais“;
  • Indicador “Taxa de coleta de resíduos sólidos”: os valores revelam a porcentagem da população que conta com o despejo correto de resíduos sólidos, como mencionado na meta 12.4 do ODS 12: “Até 2020, alcançar o manejo ambientalmente saudável dos produtos químicos e todos os resíduos, ao longo de todo o ciclo de vida destes, de acordo com os marcos internacionais acordados, e reduzir significativamente a liberação destes para o ar, água e solo, para minimizar seus impactos negativos sobre a saúde humana e o meio ambiente“;
  • Indicador “Porcentagem de resíduos sólidos reciclados”: com os valores obtidos, gestores públicos podem saber o alcance das políticas de reciclagem na cidade, podendo assim caminhar em direção à meta 12.5 do ODS 12: “Até 2030, reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso“. 

A partir da coleta, análise e comparação dos dados obtidos com os indicadores, nosso diagnóstico identifica os principais desafios e cria, para cada cidade, um roteiro personalizado. Nele apontamos uma série de soluções inteligentes para solucionar os problemas urbanos, com respectivos custos, prazos e indicações de fornecedores – nossa plataforma conta com um database de mais de 1000 soluções inteligentes para smart cities, o maior do mundo! 

Ao incluirmos soluções já realizadas e com impactos bem-sucedidos em outras cidades, as iniciativas cadastradas em nossa plataforma oferecem ações concretas para enfrentar muitos dos desafios urbanos ligados ao consumo desenfreado e despejo de resíduos, duas questões centrais para o ODS 12.

Uma dessas soluções é o WASTE MANAGEMENT SYSTEM, desenvolvido pela CITIBRAIN. Através da instalação de sensores de baixo consumo de energia e alta durabilidade em contêineres de lixo tradicionais, a cidade consegue manter um rígido controle sobre sua produção de lixo, sabendo em detalhes o estado dos depósitos, sua segurança e localização para aumentar a eficácia e eficiência das equipes de gerenciamento de resíduos.

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Um ponto importante a ser mencionado sobre a produção de resíduos é a respeito da comida. Segundo a ONU, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçadas todos os dias no mundo. Incluída em nosso database, uma solução voltada para resolver o problema é o TAIFUN, desenvolvido pela MARIMATIC OY. A tecnologia oferece um conceito centralizado de coleta de resíduos de alimentos para grandes cozinhas industriais e praças de alimentação em aeroportos, centros de entretenimento, estádios, shoppings e galerias. Para isso, o desperdício de alimentos é transportado automaticamente a vácuo para um tanque comum de resíduos, de onde é facilmente transportado para os locais apropriados.

No mundo todo, esse alto despejo só reforça a importância de contarmos com soluções mais inteligentes. De acordo com informações divulgadas pela ONU, a pegada ecológica global aumentou de 73,2 bilhões de toneladas em 2010 para 85,9 bilhões de toneladas em 2017, um aumento de 17,4%. Quando falamos em lixo eletrônico, os números também são alarmantes: de 2010 a 2019, o descarte desses produtos cresceu continuamente, de 5,3 kg per capita para 7,3 kg per capita, enquanto a reciclagem ambientalmente correta de lixo eletrônico aumentou em um ritmo mais lento, de 0,8 kg per capita para 1,3 kg per capita.

O problema do consumo e descarte de produtos é de longa data, a ponto de fazer chefes de Estado de todo o mundo unirem-se em 2012 para firmar o plano “10-Year Framework of Programmes on Sustainable Consumption and Production Patterns“, também conhecido como 10-YFP. O objetivo é “aprimorar a cooperação internacional e acelerar a mudança para padrões de consumo e produção sustentáveis ​​(SCP) em países desenvolvidos e em desenvolvimento”.

Segundo o mais recente estudo divulgado pela ONU, ainda não estamos fazendo o dever de casa corretamente. Isso porque, apesar de políticas de reciclagem ganharem hoje cada vez mais força, ainda não conseguimos parar de consumir tanto e seguimos dependentes dos combustíveis fósseis. Segundo as informações divulgadas:

  • A população global deve chegar a 9,6 bilhões de pessoas até 2050; o equivalente a três planetas para prover os recursos naturais necessários para sustentar os estilos de vida atuais;
  • Mais de 1 bilhão de pessoas ainda não têm acesso à água potável;
  • Se as pessoas usassem lâmpadas de baixo consumo, o mundo economizaria 120 bilhões de dólares anualmente;
  • Os subsídios globais a combustíveis fósseis totalizaram mais de U$ 400 bilhões em 2018. A prevalência continuada de tais subsídios, mais que o dobro daqueles voltados para fontes renováveis, impede a diminuição das emissões globais de dióxido de carbono;
  • O consumo global de material doméstico per capita aumentou em 7%, de 10,8 toneladas em 2010 para 11,7 toneladas em 2017, com aumento em todas as regiões do mundo – exceto na América do Norte e África.
Fonte: ONU

Com a pandemia do coronavírus, uma nova onda sustentável que cresce hoje nas cidades oferece aos países a oportunidade de criar planos de recuperação e de consumo que podem nos levar a um futuro mais verde. Para a ONU, o surgimento do COVID-19 destacou o relacionamento entre as pessoas e a natureza e revelou os princípios fundamentais do compromisso que enfrentamos consistentemente: os seres humanos dependem da capacidade – limitada – da natureza.

Para a organização, tal transformação sustentável poderia ser alcançada seguindo seis passos fundamentais:
1. As enormes quantias de dinheiro a serem gastas na recuperação do coronavírus devem gerar novos empregos e negócios por meio de uma transição limpa e verde;
2. Onde o dinheiro dos contribuintes é usado para resgatar empresas, ele deve estar vinculado à obtenção de empregos verdes e crescimento sustentável;
3. O poder fiscal deve conduzir uma mudança da economia cinza para a verde, capacitando sociedades e pessoas a serem mais resilientes;
4. Os fundos públicos devem ser usados ​​para investir no futuro e fluir para setores e projetos sustentáveis ​​que ajudam o meio ambiente e o clima. Os subsídios aos combustíveis fósseis devem terminar e os poluidores devem começar a pagar por sua poluição;
5. Os riscos e oportunidades climáticas devem ser incorporados ao sistema financeiro, bem como a todos os aspectos da formulação de políticas públicas e da infraestrutura;
6. Todos precisam trabalhar juntos como uma comunidade internacional.

Regras como estas tornam-se fundamentais em países como o Brasil, onde os números reafirmam a importância de uma mudança nas políticas urbanas. Segundo publicado no Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2018/2019, documento produzido pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), a população brasileira tem produzido mais lixo do que a infraestrutura para lidar de maneira adequada com esse resíduo. Só em 2018, foram cerca de 79 milhões de toneladas – desse montante, 6,3 milhões nem sequer foram recolhidas. A pesquisa ainda mostra que 40,5% do lixo foi despejado em locais inadequados por mais de 3 mil municípios.

Com impactos sobre a economia, meio ambiente e saúde, a busca pela produção e por um consumo mais sustentáveis é fundamental para a construção de um futuro melhor, e a Bright Cities tem a solução ideal para ajudar as cidades a enfrentarem esses desafios urbanos. Trabalhando sempre em parceria com prefeitos e órgãos públicos, avaliamos e incentivamos ações concretas em direção às metas dos ODS.

Para conhecer mais nosso trabalho, confira o conteúdo especial que preparamos sobre a plataforma. Entre em contato conosco e descubra como é possível tornar sua cidade mais inteligente!

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