Por que devemos monitorar os indicadores de cidades?

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Fundamentais para avaliar a qualidade dos serviços públicos ao longo dos anos, a coleta e a análise de dados urbanos são grandes aliadas das cidades

Você já ouviu falar das normas técnicas? Podemos dizer que o termo diz respeito a um tipo bem específico de documento, onde são reunidas indicações, características e diretrizes a serem cumpridas por mercadorias, produtores ou serviços para garantir um determinado nível de qualidade. Presente nas mais diferentes disciplinas do conhecimento técnico, as normas atuam na economia, indústria, agricultura, política, meio ambiente e, é claro, nas nossas próprias cidades.

Afinal, se a missão é assegurar qualidade, nada mais apropriado do que começar pelo lugar onde vivemos! Sendo uma ferramenta de suporte que contribui para alavancar o processo de construção da cidade inteligente, a plataforma Bright Cities realiza diagnósticos completos dos municípios a partir de 160 indicadores globais, e que são justamente vinculados às normas técnicas da ISO ou aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. É a partir dos dados coletados com esses indicadores que avaliamos os resultados em dez áreas da gestão urbana, como Saúde, Governança, Educação e Urbanismo, e elencamos quais serviços devem ser melhoradas.

Para você entender mais sobre nossa metodologia e como as normas técnicas contribuem para o diagnóstico das cidades, conversamos com o Prof. Alex Abiko, titular da Escola Politécnica (EP-USP) e coordenador da ABNT/CEE-268 – Comissão de Estudos Especial de Cidades e Comunidades Sustentáveis em uma LIVE em nosso Instagram. Juntos, discutimos como é importante que cidades e gestores públicos monitorem seus indicadores urbanos, e para conferir tudo o que rolou durante nosso bate papo é só conferir o material especial que preparamos abaixo, além de poder conferir nossa LIVE diretamente do canal do Youtube:

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O que são as normas técnicas? São documentos criados por organizações internacionais a partir da contribuição de diferentes especialistas, fornecendo regras, diretrizes e indicadores padronizados para que atividades, produtos e serviços possam obter um ótimo grau de ordenação.

Para que servem? Funcionando como guias, as normas técnicas têm como objetivo estabelecer padrões de qualidade baseados em consensos e que sejam relevantes para a sociedade, que incentivem a inovação e que forneçam soluções para os maiores desafios globais. Assim, mesmo não sendo de uso obrigatório, elas são importantes direcionamentos para que empresas, serviços, produtores e países consigam alcançar bons resultados!

Qual é a importância das normas técnicas? Criar políticas públicas baseadas na coleta e análise de dados é a forma mais eficiente e segura de contribuir para a qualidade de vida da população! Isso porque, entre seus muitos benefícios, podemos citar:

  • Confiabilidade: o conhecimento técnico e científico é nossa melhor opção para coletar a analisar de forma segura as informações sobre cidades. Além das normas técnicas contarem com indicadores específicos para orientar e medir o desempenho de serviços urbanos, nelas também estão incluídas as instruções de como esses dados devem ser coletados. No caso da Bright Cities, usamos fontes oficiais como o IBGE e o DATASUS;
  • Padronização: ao estabelecer critérios e diretrizes comuns a todos os seus usuários, as normas fazem com os que os indicadores e os dados obtidos sejam comparáveis entre si e entre diferentes cidades. Assim, municípios brasileiros que utilizam as normas da ISO estão associados a um trabalho pioneiro de nível internacional, reconhecido e utilizado pelo mundo inteiro. No caso da Bright Cities, comparamos dados de mais de 30.000 cidades no Brasil e mundo;
  • Comparação: por serem padronizados, os dados obtidos em cidades brasileiras podem ser analisados em relação à quaisquer outros municípios do mundo, permitindo que seus gestores aprendam com políticas que já provaram ser eficientes em outros lugares. No caso da Bright Cities, mapeamos mais de 1.000 soluções e boas práticas do mundo, informação disponível gratuitamente em nosso banco de soluções;   
  • Diagnóstico: as normas e seus indicadores ajudam gestores públicos a entender que parâmetros importam e quais devem ser as prioridades das políticas urbanas para alcançarmos uma boa qualidade de vida. A partir dos dados coletados é possível avaliar a situação de uma cidade em áreas como o meio ambiente, a saúde e a educação, para assim mapear pontos fortes e fracos e também guiar nossos governantes a adotar estratégias mais diretas, rápidas e inteligentes. Quer conhecer o diagnóstico da sua cidade? Procure pelo nome do seu município na home da plataforma;
  • Acompanhamento: a coleta e a análise constante dos indicadores permitem aos gestores acompanhar a longo prazo os resultados, mostrando o progresso de cada indicador e mensurando o impacto de cada uma das soluções adotadas ao longo do tempo;
  • Investimento: promover a coleta e a análise de dados exige financiamento e organização por parte do governo público. Dessa forma, adotar as normas técnicas é o primeiro passo para incentivar a pesquisa e a análise científica das nossas cidades;
  • Agenda 2030: as normas técnicas da ISO estão alinhadas com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, orientando as cidades a adotar metas positivas para o futuro do planeta e das pessoas e contribuindo para esse importante plano de ação global.

Como as normas técnicas são criadas? Muitas organizações internacionais atuam na criação das normas técnicas, sendo a ISO – Organização Internacional de Padronização a maior entidade em padronização e normatização do mundo. A partir de um amplo processo participativo, que conta com a contribuição voluntária de seus inúmeros especialistas, órgãos internacionais e grupos científicos, as normas são criadas e aprovadas a partir de um consenso entre seus membros, podendo ainda ser revisadas no futuro. Concluídas, elas são então vendidas pela ISO para instituições, empresas, startups e interessadas em seguir os padrões estabelecidos. No Brasil, a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas é a organização responsável por traduzir e adaptar as normas técnicas da ISO para a realidade brasileira. O comitê ABNT/CEE-268 – Comissão de Estudos Especial de Cidades e Comunidades Sustentáveis é o responsável pelas traduções das normas no Brasil e se reúne mensalmente na USP com especialistas, arquitetos, urbanistas e o time da Bright Cities. Para saber mais informações sobre o comitê, clique aqui.
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Quais são as normas técnicas para cidades? Desde 2014 nossos centros urbanos têm ganhado a atenção da ISO, que já criou três normas técnicas voltadas paras cidades e comunidades. Buscando melhorar a qualidade de vida desses espaços, cada uma das normas conta com cerca de 120 indicadores para orientar e medir o desempenho de serviços urbanos a partir critérios sustentáveis, resilientes e eficientes.

Criadas no exterior, todas as três normas estão sendo traduzidas e adaptadas para o Brasil com a ajuda da Comissão de Estudo Especial de Cidades e Comunidades Sustentáveis (ABNT/CEE-268), da qual a Bright Cities faz parte. Além de disponibilizar os documentos em português, também cabe ao trabalho da Comissão adequá-los à realidade brasileira, inserindo o país nas discussões internacionais mais relevantes e dando voz às nossas cidades em um contexto de discussão global. As normas são:

  • ISO 37120, “Cidades e comunidades sustentáveis – Indicadores para serviços urbanos e qualidade de vida”: já traduzida e publicada, é a mais empregada entre as normas voltadas ao tópico e propõe diretrizes e guias para implementação de sistemas inteligentes;
  • ISO 37122, “Indicadores para Cidades Inteligentes”: a ser lançada em breve, define e estabelece metodologias para um conjunto de indicadores de smart cities, em especial para o desempenho de tecnologias. Apesar da complexidade de seus parâmetros, muitos deles ainda não alcançados pelas cidades contemporâneas, a norma oferece um valioso entendimento daqueles que serão os mais importantes indicadores do futuro, como um guia para as cidades inteligentes do amanhã;
  • ISO 37101, “Desenvolvimento sustentável de comunidades — Sistema de gestão para desenvolvimento sustentável — Requisitos com orientações para uso”: em processo de tradução, define sistemas de gestão para o desenvolvimento sustentável e a coerência política de cidades.

    Para saber mais sobre as normas técnicas e as contribuições do grupo de estudo ABNT/CEE-268, clique aqui.

Todas as cidades podem utilizar as normas? Sim. Como uma organização internacional, as normas técnicas são padronizadas e criadas para serem aplicadas em cidades de diferentes países do mundo. Porém, elas podem – e devem – ser aplicadas para cada realidade urbana, já que um município tem seu próprio contexto, sua escala e seus desafios específicos, além de nem todos os indicadores serem aplicáveis para todas as cidades. É importante lembrar que, ao contrário das leis, as normas técnicas não são uma obrigação, e sim um direcionamento de apoio às políticas públicas. Dessa forma, alguns indicadores podem não ser aplicáveis em determinada cidade, mas nem por isso a norma se torna mesmo necessária.

Como as normas podem nos ajudar em períodos de pandemia? As cidades foram surpreendidas pela pandemia da COVID-19, tendo que se submeter ao fechamento de comércios, escolas e demais estabelecimentos e promover campanhas de isolamento social para conter o vírus. Grande parte das medidas adotadas são consequência da falta de infra-estrutura e investimento para a área de saúde, por isso a importância de contarmos com dados precisos sobre a oferta e capacidade de nossas instituições para entender como e onde precisamos investir em situações emergenciais. Além disso, um dos indicadores das normas é o número de leitos de saúde, informação extremamente importante neste momento.

Um levantamento inédito da Bright Cities analisou a capacidade das cidades brasileiras em atender a demanda de pacientes por Coronavírus em leitos de UTI, e os resultados foram preocupantes: apenas 12,6% dos municípios contam com pelo menos uma unidade de tratamento intensivo para cada dez mil habitantes, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde. É a partir de dados como esses que órgãos municipais e federais, como o Ministério da Saúde, podem então mapear áreas mais críticas, analisar a performance da saúde nacional e investir em locais mais urgentes!

Como a Bright Cities faz o diagnóstico das cidades? Com nossa tecnologia disruptiva, realizamos um diagnóstico completo do município a partir de 160 indicadores globais, muitos deles incluídos nas normas técnicas da ISO. Em seguida, por meio de um algoritmo que analisa os dados obtidos, elencamos quais áreas devem ser melhoradas e quais soluções e tecnologias podem aperfeiçoar a gestão da cidade da maneira mais eficiente. Além disso, ainda avaliamos a performance dos serviços públicos a partir de uma nota comparativa com outras cidades. As indicações são apresentadas em um roteiro personalizado, onde são levados em consideração critérios como o tempo de implementação, o custo e os impactos gerados pelas soluções apresentadas.

Todos esses dados e informações são coletados e reunidos na nossa plataforma, criando uma maneira unificada de visualização e acesso para contornar um dos maiores desafios da análise de dados no Brasil: a fragmentação e falta de comunicação entre as fontes oficiais. Por isso, potencializamos o trabalho de gestão municipal ao colocar à disposição um conteúdo até então inacessível e reunido em um só lugar, com design atrativo e que consolida resultados de anos de pesquisa.
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Tudo isso, porém, só acontece porque coletamos e analisamos criteriosamente os dados obtidos com os indicadores urbanos, daí a importância deles para a tomada de decisões públicas! Para saber mais sobre nossa metodologia inovadora, clique aqui.

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