Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 1 – Erradicação da Pobreza

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp

Garantir o acesso universal à recursos econômicos e serviços básicos é o primeiro objetivo da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável

Com a missão de garantir um futuro melhor para o planeta e para as pessoas, a Agenda 2030 levou os 193 membros da ONU a se unirem para adotar políticas públicas inovadoras, capazes de transformar nossas cidades, nossos hábitos e nossa agenda global. Incluídos nesse plano de ação, seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável mostram o desafio que nossos governos têm em mãos ao apontarem para problemas universais graves e há longo tempo sem solução.

É o que nos mostra o primeiro deles, o ODS 1: Erradicação da Pobreza. Para extinguir a pobreza em suas diferentes formas e dimensões, o Objetivo volta sua atenção para a desigualdade social e para a privação de direitos. Mais do que a simples falta de renda, a pobreza envolve a fome e a desnutrição, o acesso limitado à educação, a exclusão social e a ausência de serviços básicos. Combatê-la é, portanto, uma das mais urgentes ações para garantir meios de vida sustentáveis.

Apesar do ODS abranger cinco metas específicas a serem atingidas até 2030, tudo indica que estamos ainda longe de atingir o objetivo. Isso porque apesar dos números mostrarem que a pobreza extrema tem diminuído, a velocidade com que isso vem acontecendo vem diminuindo. Segundo o mais recente estudo divulgado pela ONU, essa desaceleração foi sentida principalmente no início dos anos 2000: na década de 1990, a redução foi de 36%; em 2010, de 16%; e em 2018, de apenas de 8,6%.

Atualmente, mais de 700 milhões de pessoas – o equivalente à 10% da população mundial – vivem em na extrema pobreza, com menos de US$1,90 por dia. Se a velocidade com que erradicamos a situação for mantida, previsões nos mostram que teremos ainda 6% da população mundial vivendo com dificuldades em 2030. Outros dados divulgados pela ONU revelam que os números são ainda mais graves quando analisados junto a dados como gênero, faixa etária e localização:

  • Uma em cada cinco crianças vive em condições de extrema pobreza;
  • Para cada 100 homens, 122 mulheres vivem em extrema pobreza;
  • A maioria das pessoas que vive em extrema pobreza se encontra na África subsariana;
  • Em 2018, 55% da população mundial ainda não contava com proteção social ou benefícios financeiros.

No Brasil as pesquisas mostram resultados ainda mais alarmantes: o número de pessoas em situação de miséria aumentou, indicando que o país vai na contra-mão dos acordos firmados para a Agenda 2030. Dados divulgados pelo IBGE indicam que 13,5 milhões de brasileiros vivem com renda mensal inferior a R$ 145,00. O índice, o pior em sete anos, é o equivalente à população total de nações como Bolívia, Bélgica, Cuba, Grécia e Portugal.

Como resultado, a desigualdade social no Brasil também atingiu índices alarmantes. No estudo A Escalada da Desigualdade, pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas – FGV apontaram que, desde 2014, a metade mais pobre do país viu sua renda diminuir 17,1%, enquanto os 10% mais ricos tiveram a sua renda ampliada em 2,55%. Entre o 1% mais rico, o crescimento foi de 10,11%.

O cenário preocupante mostra a urgência de ações reais e efetivas. Apesar dos ODS não indicarem soluções ou estratégias específicas para serem implementadas, vemos hoje startups, organizações da sociedade privada e instituições se empenhando em criar tecnologias e iniciativas inteligentes que melhorem a qualidade de vida, desburocratizem a agenda pública e tornem os serviços públicos mais eficientes e econômicos – exatamente o que caracteriza uma Smart City.

A Bright Cities tem feito a sua parte e está comprometida em ajudar cidades a alcançarem suas metas para a Agenda 2030. Ao realizar o diagnóstico de um município, sua plataforma utiliza uma série de indicadores alinhados com os ODS para obter dados sobre os serviços urbanos e avaliar suas performances. A partir dessas informações é possível identificar, entre áreas como meio ambiente, governança, tecnologia e educação, quais ações precisam ser melhoradas e quais apresentam resultados satisfatórios aos Objetivos.

Muitos indicadores alinhados com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 1: Erradicação da Pobreza fazem parte da plataforma Bright Cities. Listamos abaixo alguns deles e contamos porque eles são uma importante ferramenta para identificar, avaliar e guiar cidades em direção aos ODS:

  • Indicador “Porcentagem da população da cidade que vive na pobreza”: os dados coletados são informações-chave para que governos e municípios entendam a dimensão do desafio e criem estratégias de ação voltadas à todas as meta do ODS 1, incluindo a 1.3: “Implementar, em nível nacional, medidas e sistemas de proteção social apropriados, para todos, incluindo pisos, e até 2030 atingir a cobertura substancial dos pobres e vulneráveis”.
  • Indicador “Porcentagem da população da cidade que vive em favelas”: o indicador analisa a quantidade de pessoas vivendo em condições irregulares e orienta cidades rumo à meta 1.5 do ODS: ” Até 2030, construir a resiliência dos pobres e daqueles em situação de vulnerabilidade, e reduzir a exposição e vulnerabilidade destes a eventos extremos relacionados com o clima e outros choques e desastres econômicos, sociais e ambientais”.
  • Indicador “Índice de Desenvolvimento Humano Municipal”: ao medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população, o indicador apresenta resultados relevantes para que seja atendida a meta 1.a do ODS 1: “Garantir uma mobilização significativa de recursos a partir de uma variedade de fontes, inclusive por meio do reforço da cooperação para o desenvolvimento, de forma a proporcionar meios adequados e previsíveis para que os países em desenvolvimento, em particular os países de menor desenvolvimento relativo, implementem programas e políticas para acabar com a pobreza em todas as suas dimensões“.

A partir dos resultados colhidos com os indicadores, a Bright Cities orienta as cidades a adotar algumas das soluções inteligentes disponíveis em seu banco de dados e incentiva ações concretas para melhorar diferentes contextos urbanos. É caso da Troca, startup que conecta moradores de rua e pessoas em vulnerabilidade à oportunidades de emprego e renda. A iniciativa é prova de que, fazendo o melhor uso da tecnologia, cidades e países podem transformar a vida de quem mais precisa. Acompanhe pela Plataforma de Notícias nossa série especial sobre os ODS, onde explicaremos a fundo todos os 17 objetivos e quais soluções inteligentes existem para cada um deles!

Receba uma demonstração

Entre em contato para saber mais detalhes de nossa metodologia processos de diagnósticos e planos de acesso.​

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp

RELATED CONTENT

PODCAST CIDADES DE 15 MINUTOS

Cidade de 15 minutos já ouviu falar? Imagine poder viver, trabalhar, estudar e dispor de serviços essenciais para a nossa qualidade de vida a apenas 15 minutos de casa, a pé ou de bicicleta.