Certificações para cidades inteligentes já são realidade no Brasil

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp

Cidades como Brasília já buscam certificação das normas técnicas, desenvolvidas por Comissão de Estudo Especial da ABNT

Normas técnicas são hoje elementos imprescindíveis para a organização coesa de empresas, serviços, instituições e, porque não, de cidades. Fundamentais para definir conceitos e estabelecer critérios padronizados, consistentes e comparáveis entre si, as normas são nossa garantia para criarmos políticas mais habitáveis, tolerantes, eficientes e seguras para todos.

É surpreendente perceber, portanto, que até recentemente o Brasil não contava com certificações específicas para smart cities. O cenário de atraso tem sido revertido com a criação da Comissão de Estudo Especial de Cidades e Comunidades Sustentáveis (ABNT/CEE-268), grupo de estudo responsável pela elaboração das primeiras normas técnicas brasileiras específicas para cidades sustentáveis, resilientes e inteligentes. Criada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e Coordenada pelo professor Alex Abiko, do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli), a iniciativa conta ainda com a contribuição de instituições como o Sindicato da Habitação (Secovi-SP), o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e a própria Bright Cities.

Especialistas são unânimes em apontar a relevância das normas técnicas devido ao seu caráter transformador: além de fornecerem informações valiosas para desmistificar o conceito de cidades inteligentes no país, também incentivam a adoção de tecnologias inovadoras, capazes de melhorar a eficiência da gestão pública e a qualidade de vida dos cidadãos nas cidades brasileiras. Mais ainda, oferecem maior eficácia para a governança e os serviços ofertados, consolidam metas e parâmetros internacionais de comparação e troca de experiências entre as cidades, aumentam a transparência das informações e atraem novos investimentos devido à credibilidade e abrangência dos indicadores estabelecidos.

“A utilização das normas auxiliará os gestores municipais, políticos, pesquisadores, empresários, urbanistas, designers, engenheiros civis e outros profissionais a se concentrarem em questões-chave, além de pôr em prática políticas mais habitáveis, tolerantes, sustentáveis, resilientes, economicamente atraentes e prósperas para as cidades”, explica Iara Negreiros, doutora em Engenharia e Planejamento Urbanos pela Poli USP e secretária da Comissão de Estudos Especiais de Cidades e Comunidades Sustentáveis da ABNT.

Apesar de não serem de uso obrigatório, Brasília já tem liderado o interesse pelas normatizações no país com seus planos para receber, até ano que vem, a certificação ISO 37120 – “Cidades e comunidades sustentáveis – Indicadores para serviços urbanos e qualidade de vida” , voltada à sistemas urbanos inteligentes. No final de novembro de 2019 a cidade sediou a primeira edição do Fórum Nacional para Certificação de Cidades Inteligentes, realizado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do DF (Codese-DF). Com a presença de representantes do governo federal, prefeitos, acadêmicos e empresas nacionais, o evento discutiu as estratégias urbanas empregadas pela capital para elaborar seu plano diretor para smart cities. Entre as políticas adotadas está o portal Brasília em Dados, desenvolvido pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) para fornecer dados e indicadores necessários para o estudo e implementação da norma técnica.

Se for bem sucedida em sua campanha, Brasília será a primeira cidade brasileira a conseguir a certificação, juntando-se a destinos internacionais como Barcelona (Espanha), Bogotá (Colômbia), Dubai (Emirados Árabes), Londres (Reino Unido) e Boston (Estados Unidos). Espera-se que a iniciativa brasiliense abre caminho para que outros municípios no país também embarquem na iniciativa.

“Precisamos desmistificar o conceito de cidades inteligentes, e por isso a Bright Cities está empenhada em participar das discussões sobre como implantar a norma e auxiliar na sua versão em português, que tem recebido contribuições de especialistas de todo o país”, afirma Raquel Cardamone, CEO da Bright Cities.

Referência em smart cities, a Bright Cities já tem colocado o país no mapa de cidades inteligentes ao formar parcerias com cidades como Aracaju (SE) e Juazeiro do Norte (CE), vencedora do Prêmio Smart City Day 2019 concedido pela SPin Soluções Públicas Inteligentes. Além de ministrar um curso de extensão sobre o assunto na Universidade de Campinas – Unicamp, marcou presença em eventos como o Smart City Expo World Congress 2019, em Barcelona, onde apresentou a pioneira ferramenta de diagnósticos Leading Cities Rating powered by Bright Cities feita em parceria com a organização norte-americana Leading Cities.

Receba uma demonstração

Entre em contato para saber mais detalhes de nossa metodologia processos de diagnósticos e planos de acesso.​

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp

RELATED CONTENT