Cidades de 15 minutos ganham popularidade em tempos de isolamento social

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Novo conceito de mobilidade promete reverter o modelo rodoviarista ao incentivar a descentralização das cidades

Imagine poder viver, trabalhar, estudar e dispor de serviços essenciais para a nossa qualidade de vida a apenas 15 minutos de casa, a pé ou de bicicleta. Este conceito já é praticado em algumas cidades do mundo, e tem ganhado cada vez mais destaque desde que a pandemia do coronavírus acelerou a popularização do home office e fez com que as pessoas evitassem deslocamentos em massa para lugares distantes.

Conhecida como “Cidade de 15 minutos” ou “Cidade de um quarto de hora”, a proposta promove o planejamento urbano no nível do bairro, desincentivando a circulação de carros – e, consequentemente, a poluição causada pelo trânsito desenfreado das cidades -, descentralizando serviços e tornando a vida possível sem a necessidade de grandes deslocamentos.

Popularizado durante a reeleição da prefeita parisiense Anne Hidalgo em 2020, o conceito foi teorizado pelo urbanista e cientista franco-colombiano Carlos Moreno, que desde 2015 trabalha como conselheiro de mobilidade em Paris. Não por menos, a capital francesa é referência no assunto: por lá, as ciclovias já formam uma rede de cerca de mil quilômetros, sem contar com os incentivos públicos para o aluguel ou aquisição de bicicletas e com os planos futuros para desencorajar de vez o uso de veículos motorizados.

Para Moreno, é urgente repensar as metrópoles em torno de quatro princípios orientadores, que são a chave para estruturar as cidades de 15 minutos: ecologia, proximidade, solidariedade e participação. “A cidade de 15 minutos deve ter três características principais: em primeiro lugar, o ritmo da cidade deve seguir o homem, não os carros. Segundo: cada metro quadrado deve servir para finalidades diferentes, e, por fim, os bairros devem ser projetados para que moremos, trabalhemos e prosperemos neles”, defende o cientista em TED Talk veiculada no fim do ano passado. 

Indo ainda mais além, a Suécia está buscando uma reviravolta hiperlocal, em escala nacional: por lá, a proposta é de que as comunidades locais tornem-se coarquitetas do layout de suas próprias ruas, tornando vagas de estacionamento de meio-fio em estações de recreação pensadas por e para os moradores locais. É o que Dan Hill, diretor de design estratégico da agência governamental sueca Vinnova, chama de “cidade de um minuto”. Longe de pretender que tudo se resuma ao nível de apenas uma rua, a ideia é que a iniciativa promova formas mais diretas de as cidades se envolverem com o público, criando espaços de conexão críticos para as comunidades locais.

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